Uma surpresa imperial no Instituto Kodokan

Sua Alteza Imperial, a Princesa Tomohito de Mikasa, ao lado de professores, dirigentes e os 52 estudantes de 16 países no 135º Curso da Academia da FIJ no Kodokan © FIJ

A presença de Sua Alteza Imperial, a Princesa Tomohito de Mikasa, vestida de judogi com o brasão imperial, marcou um dos momentos mais simbólicos da história recente da FIJ no Kodokan.

Por Nicolas Messner / FIJ
Adaptado para o português por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 16 de setembro de 2025

O 135º Curso da Academia da Federação Internacional de Judô (FIJ), realizado em Tóquio, viveu um momento verdadeiramente histórico quando Sua Alteza Imperial, a Princesa Tomohito de Mikasa, prestigiou os participantes com sua presença no dojô central do Instituto Kodokan — o berço do judô mundial.

Sua Alteza Imperial, a Princesa Tomohito de Mikasa, acompanha a aula sentada ao lado de Haruki Uemura, presidente do Kodokan © FIJ

Na primeira tarde do curso, 52 alunos de 16 países — Austrália, China, Taipé Chinês, Croácia, Egito, Hong Kong, Japão, Cazaquistão, Coreia, Macau, Malásia, Mongólia, Montenegro, Samoa, Reino Unido e Estados Unidos — foram surpreendidos com a entrada da Princesa no dojô mais emblemático do mundo, fundado por Jigoro Kano shihan.

Florin Daniel Lascau, diretor esportivo da Academia da FIJ, conduz a sessão técnica do curso no Kodokan © FIJ

Acompanhada pelo presidente do Instituto Kodokan, Haruki Uemura, ambos trajando judogi, a Princesa exibiu o brasão imperial em seu uniforme, cena que provocou grande emoção entre todos os presentes.

Aula e demonstrações técnicas

Embaixadora da FIJ desde o Campeonato Mundial de Judô de Tóquio 2019, Sua Alteza acompanhou atentamente uma aula de ashi-waza conduzida por Florin Daniel Lascau, diretor esportivo da Academia da FIJ.

Florin Daniel Lascau demonstra técnicas de ashi-waza © FIJ

Os pontos principais foram explicados pelo presidente da Academia, Envic Galea, enquanto os campeões olímpicos Giulia Quintavalle e Mark Huizinga demonstraram as técnicas, em uma sessão que simbolizou a mais elevada combinação entre tradição e excelência técnica.

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Celebração e reconhecimento

Após a aula, foram registradas fotos em grupo para eternizar a ocasião. Ao deixar o dojô do Kodokan, a Princesa recebeu aplausos calorosos e reverências dos alunos, representantes do Kodokan, da Al Japan Judo Federation e dos especialistas da FIJ presentes.

Os campeões olímpicos Giulia Quintavalle e Mark Huizinga demonstram técnica durante o curso no Kodokan © FIJ

Em sua reflexão, Envic Galea destacou. “Sua Alteza Imperial irradia genuíno carinho e paixão pelo judô. Conversando com ela, fica claro que o esporte não é apenas cerimonial, mas parte de sua rotina pessoal e identidade. Ela exemplifica o código moral do judô e é uma verdadeira embaixadora do nosso espírito.”

Sua Alteza Imperial, a Princesa Tomohito de Mikasa, ao lado de professores e dirigentes em foto histórica no Kodokan © FIJ

Florin Daniel Lascau acrescentou. “O dia não poderia ter sido melhor. Estudar judô no Japão, no histórico Kodokan, na presença do presidente Uemura e com a visita de Sua Alteza Imperial foi algo inesquecível.”

Sua Alteza Imperial, a Princesa Tomohito de Mikasa, ao lado de Giulia Quintavalle, Mark Huizinga, Envic Galea, Tibor Kozsla, Florin Daniel Lascau e instrutores da Academia da FIJ © FIJ

Por fim, Haruki Uemura sublinhou a importância da ocasião. “Estou satisfeito em ver que a Academia se desenvolve de forma consistente ano após ano. A visita de Sua Alteza Imperial foi um encorajamento, pois ela reconhece o papel da Academia na promoção do judô mundial e na formação de instrutores. Embora costume participar de eventos da FIJ como Embaixadora, visitas como esta são raras e me sinto profundamente honrado.”

Sua Alteza Imperial a Princesa Tomohito de Mikasa, Envic Galea e Tibor Kozsla © FIJ

Tradição e continuidade

Mais do que uma deferência ao trabalho da Academia, a presença da Princesa Tomohito de Mikasa reafirmou as profundas raízes culturais e históricas que sustentam o judô. Um gesto de tradição que também aponta para o futuro da modalidade, lembrando que o judô continua sendo um patrimônio vivo do Japão para o mundo.

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