22 de dezembro de 2024
Vitória expressiva do Avança Judô encerra o período mais nefasto da Federação Paulista de Judô
Com 93% dos votos válidos, a chapa encabeçada pelo professor kodansha e medalhista olímpico Henrique Guimarães ratifica a confiança no trabalho desenvolvido pelas lideranças do judô paulista.
Por Paulo Pinto / Global Sports
2 de outubro de 2024 / Curitiba, PR
A assembleia geral ordinária da Federação Paulista de Judô, na noite desta segunda-feira (30), ratificou os atos do interventor, aprovou as contas e relatórios parciais de 2024, elegeu a nova diretoria que comandará a FPJudô no próximo quadriênio e declarou o fim da intervenção.
Realizada nas dependências do Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT) da Água Branca, a AGO reuniu dirigentes de mais de 140 entidades filiadas. Cerca de 20 clubes comunicaram que não conseguiram acesso à plataforma disponibilizada para a eleição, feita de forma virtual.
Foram eleitos para o próximo quadriênio os professores kodanshas Henrique Carlos Serra Azul Guimarães, presidente; Osvaldo Hatiro Ogawa, 1º vice-presidente; Takeshi Yokoti, 2º vice-presidente; Raul de Mello Senra Bisneto, 3º vice-presidente.
Os membros efetivos do novo conselho fiscal são André Luís Amoroso de Lima, Rodrigo Luis Quinhoneiro, e Marcelo Kenji Fuzita. Os membros suplentes são Milton Trajano da Silva Júnior, Omar Augusto Miquinioty Júnior e Natália Estrela Lourenço.
Presença maciça
A assembleia geral ordinária contou com a presença dos juristas Caio Medauar de Souza, Marcel Camilo, Márcio Andraus e Antônio Carlos de Mesquita, além dos assessores Alexandre Dias e Iara Regina Tibaes.
Os representantes da chapa Renova Judô na AGO foram o professor kodansha Sumio Tsujimoto e Wladimir de Oliveira Durães, representando o conselho fiscal. Já a chapa Avança Judô foi representada pelo professor kodansha e medalhista olímpico Henrique Carlos Serra Azul Guimarães e André Luís Amoroso de Lima, representando o conselho fiscal.
A chapa Avança Judô levou ao CAT quase todos os representantes da nova executiva e do novo Conselho Fiscal, com exceção do professor kodansha Hatiro Ogawa, que não pôde comparecer devido a problemas de saúde. Estiveram presentes os novos membros efetivos do novo Conselho Fiscal da FPJudô – André Luís Amoroso de Lima, Rodrigo Luiz Quinhoneiro e Marcelo Kenji Fuzita –, além do suplente Milton Trajano da Silva Júnior.
Números impressionam
Nas urnas, a resposta da comunidade às pretensões do grupo Renova Judô foi implacável. A chapa encabeçada por Henrique Guimarães obteve 117 votos, enquanto a chapa liderada por Sumio Tsujimoto recebeu apenas nove.
Na prática, o Avança Judô obteve 93% dos votos válidos, contra 7% do Renova Judô, ratificando a total confiança no trabalho desenvolvido pelas lideranças do judô paulista nos últimos anos que precederam a intervenção.
Já a votação para definir os membros do Conselho Fiscal da FPJudô foi ainda mais expressiva, com a chapa 1 sendo eleita com 118 votos, em contraste com os nove votos alcançados pela chapa 2.
Zero credibilidade
Ao reunirem minguados nove votos válidos, que representaram apenas a vontade dos próprios membros da chapa, os camaradas do Renova Judô amargaram um choque de realidade gigantesco, pois estavam certos de que a comunidade judoísta do Estado de São Paulo embarcaria nas falácias criadas por alguns dos seus integrantes.
Tanto o professor Vinícius Jerschow quanto os senseis Caio Kanayama e Rodrigo Guimarães Motta estavam certos de que suas retóricas desproporcionalmente agressivas e mentirosas impediriam que os dirigentes das agremiações filiadas reconhecessem o trabalho inovador, fundamentado em compliance e governança corporativa, realizado pela diretoria deposta por eles.
Foi tudo em vão
Desde a morte de Francisco de Carvalho Filho, em 15 de fevereiro de 2021, os três professores citados tentaram impor o terror na comunidade judoísta paulista, denegrindo a imagem de dirigentes, tanto vivos quanto mortos. Agindo de forma inescrupulosa, acreditavam piamente que, com suas mentiras, conseguiriam tomar a FPJudô de assalto.
Judicializaram o processo e, mesmo após a pandemia que, além de devastar milhões de vidas ao redor do mundo, paralisou a prática esportiva no planeta, eles tiveram a ousadia de tentar de todos os modos paralisar a modalidade por interesses pessoais.
Buscaram de todas as formas alcançar o poder, mas esqueceram apenas que poderiam manipular quase tudo, menos a vontade daqueles que realmente decidem quem deve estar à frente da maior entidade estadual de judô do Brasil: os dirigentes das entidades com direito a voto, entre as quase 500 agremiações filiadas.
Nosso mais elevado respeito vai para o professor Sumio Tsujimoto, que manteve o diálogo no mais alto nível, demonstrando que foi verdadeiramente forjado dentro dos princípios e normas estabelecidos pelo professor Jigoro Kano.
Os três péssimos exemplos de senseis acima citados confundiram política esportiva com política partidária, esquecendo-se de que, no cenário judoísta, aqueles que fazem a gestão atuam dentro ou no entorno dos tatamis, ou seja, no chão da fábrica. Não nas redes sociais, nas quais mentem, agridem e denigrem a imagem de colegas e daqueles que buscam fazer a locomotiva avançar, sempre em sincronia com os milhares de professores e técnicos que diariamente constroem o presente e o futuro da modalidade, formando a cada ano milhares de novos judocas em todo o Estado de São Paulo.
Nota 10
Nota zero para os três perdedores, que tentaram manchar a história do judô paulista, e nota 10 para os vencedores e todos os professores que, com integridade, acreditam e apoiam o trabalho sério e dedicado aos verdadeiros interesses do Estado de São Paulo.
Esses professores, comprometidos com o futuro da modalidade, mantêm-se distantes de oportunistas que buscam novas aventuras sem nenhum preparo para fazer a gestão. O episódio que expôs a real situação dos candidatos do Renova Judô perante a Justiça, agregado ainda à falta de organização neste mesmo capítulo da campanha, são dois bons exemplos disso.