19 de novembro de 2024
Wilians Araújo é ouro e Brasil vai ao pódio sete vezes com o judô na Inglaterra
Além da medalha de ouro, a seleção brasileira fecha último dia de disputas individuais nos Jogos Mundiais da IBSA, em Birmingham, com duas de prata e quatro de bronze.
Fonte Comunicação CBDV
25 de agosto de 2023 / Curitiba (PR)
O paraibano Wilians Araújo conquistou nesta quinta-feira (24) uma medalha de ouro para o Brasil na categoria dos peso-pesados (acima de 90kg) para atletas J1 (cegos totais), no segundo dia de competição do judô paralímpico nos Jogos Mundiais da IBSA, em Birmingham, na Inglaterra. Após ficar sem pódio na abertura, a seleção brasileira se recuperou e ganhou ainda duas pratas, com Arthur Silva (até 90kg J1) e Rebeca Silva (acima de 70kg para atletas J2, de baixa visão) e quatro bronzes, com Brenda Freitas (até 70kg J1), Érika Zoaga (acima de 70kg J1), Marcelo Casanova (até 90kg J2) e Meg Emmerich (acima de 70kg J2).
Sonho vivo
“É a concretização de um trabalho. Este título faltava lá em casa, eu nunca havia sido campeão dos Jogos Mundiais. Sou muito grato ao meu sensei Antônio, aos técnicos Jaime, Garcia e a toda a comissão técnica da CBDV, que me ajudaram demais nos treinamentos. É muito bom estar no ponto mais alto do pódio. É um ensaio para o ano que vem, e o sonho da medalha de ouro paralímpica está muito vivo dentro de mim”, disse Wilians, que na decisão voltou a se encontrar com o lendário Ilham Zakiyev, do Azerbaijão, dono de quatro medalhas paralímpicas e derrotado pelo brasileiro na final do último Campeonato Mundial, realizado em Baku, em novembro do ano passado. O ippon logo no início decretou a vitória do atleta de 31 anos, que lidera o ranking mundial em sua categoria e buscará, em Paris, o primeiro ouro paralímpico – ele tem uma prata, conquistada na Rio 2016.
Outros brasileiros que lideram atualmente suas categorias no ranking mundial e se mantiveram entre os melhores foram Arthur Silva e Rebeca Silva, ambos com medalhas de prata, e Brenda Freitas, que levou o bronze. O potiguar de 31 anos vencia a final contra o iraniano Mousa Gholami, 14º do ranking, por um wazari, quando acabou surpreendido e levou ippon. “Foi uma competição muito boa, consegui ganhar de dois dos principais adversários da minha categoria. Claro que não vou esconder a insatisfação por ter perdido a final, mas estou feliz por me manter na liderança”, falou Arthur. Já a paulista de 22 anos encarou a fortíssima Carolina Costa, da Itália, segunda do mundo, e levou o combate empatado até momentos finais, quando sofreu um wazari. “Essa medalha é muito importante. É um grande passo para Paris”, destacou Rebeca.
Os demais bronzes do Brasil vieram com atletas que seguem em ascensão no ranking e ganharam pontos preciosos na corrida até Paris 2024. A sul-mato-grossense Érika Zoaga, de 35 anos, chegou à Inglaterra na terceira posição e venceu Khatira Ismiyeva, do Azerbaijão, quinta melhor do ranking. A paulista Meg Emmerich, de 36 anos, quinta melhor de sua categoria, vai se manter na briga por uma vaga com a vitória sobre a chinesa Hongyu Wang. E o gaúcho Marcelo Casanova, de apenas 19 anos e quinto colocado na sua categoria, confirmou a boa fase batendo o italiano Simone Cannizzaro, oitavo do ranking. “É uma felicidade muito grande, a coroação de um trabalho. Fico feliz pelo resultado, pelos pontos na classificação do ranking”, disse Marcelo.
Sobre os Jogos Mundiais da IBSA 2023
A competição organizada pela Federação Internacional de Esportes para Cegos acontece na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e na CBS Arena, em Coventry, até o dia 27 de agosto e reúne mais de 1.250 atletas de 70 países que disputam: futebol de cegos (dentro da Copa do Mundo), goalball, judô, tiro com arco, xadrez, críquete, futebol B2/B3, powerlifting, showdown, boliche e tênis. Esta é a sétima edição dos Jogos Mundiais, realizados pela primeira vez em Madri, em 1998. De lá para cá, já foram sedes: Quebec-CAN (2003), São Paulo-BRA (2007), Antalya-TUR (2011), Seul-KOR (2015) e Fort Wayne-USA (2019).
O torneio de judô em Birmingham está sendo disputado por 236 judocas, sendo 143 homens e 93 mulheres, de 42 países.
O judô é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.
A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do judô paralímpico brasileiro.