20 de novembro de 2024
São Paulo é campeão absoluto de kata em Joinville
Duplas paulistas venceram o nage-no-kata, ju-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata e kodokan goshin jutsu
Por Paulo Pinto / FPJCOM
11 de agosto de 2022 / São Paulo (SP)
No último fim de semana a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) realizou o Campeonato Brasileiro de Kata 2022, que reuniu 37 duplas em busca de medalhas nos cinco katas: nage-no-kata, ju-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata e kodokan goshin jutsu.
Realizado no ginásio Cau Hansen, em Joinville (SC), no dia 6 de agosto, o evento marcou o retorno presencial dessa competição que durante a pandemia foi muito disputada virtualmente.
Com 40 judocas inscritos, São Paulo levou a maior delegação a Joinville. Também participaram da disputa os Estados de Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Amazonas, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Maranhão, que juntos inscreveram 34 atletas.
São Paulo sobra nos tatamis
Das 15 medalhas colocadas em disputa, São Paulo conquistou 13, ou seja, os judocas paulistas levaram quase todas, com 100% das medalhas de ouro e de prata, além de três bronzes. Santa Catarina e Pernambuco conquistaram as duas medalhas de bronze restantes.
Wagner Tadashi Uchida e Paulo Roberto Alves Ferreira (SP) foram campeões no nage-no-kata; Roberto Carlos Pereira e Nádia Hissako Hori (SP), no ju-no-kata. Os irmãos Wagner Tadashi Uchida e Roger Tsuyoshi Uchida venceram no katame-no-kata, enquanto Roberto Carlos Pereira e Wellington Hideki Tizuka (SP) foram campões no kime-no-kata e Luís Alberto dos Santos e Diogo Rocha Colela (SP), no kodokan goshin jutsu.
CBJ realiza grande evento
Na avaliação do professor Luís Alberto dos Santos, coordenador de kata e de cursos da Federação Paulista de Judô (FPJudô), a Confederação Brasileira de Judô realizou um grande evento para a categoria em Joinville.
“Vi um campeonato muito bem organizado e a estrutura montada pela Confederação Brasileira de Judô foi muito boa. À frente do evento estava o experiente professor Rioiti Uchida, gestor nacional da classe veterano, que demonstrou muita competência. Não notei nenhuma falha e tampouco ouvi alguma reclamação”, disse o dirigente, que também competiu e conquistou um grande resultado.
“Fiquei bastante focado na disputa e, mesmo sendo um dos judocas mais velhos e graduados na competição, atingi os objetivos traçados para este certame, no qual conquistei o ouro do kata kodokan goshin jutsu em parceria com o meu uke Diogo Rocha Colela. Apesar de toda experiência e conquistas nacionais e internacionais, ser campeão brasileiro novamente foi muito gratificante.”
Sobre o resultado geral propriamente dito, Luís Alberto destacou a qualidade técnica da escola de kata do Estado de São Paulo. “Ficamos com quase todos os pódios, com exceção de dois bronzes conquistados por Santa Catarina e Pernambuco. Isso demonstra a qualidade do kata praticado e desenvolvido em São Paulo. Mas grande parte disso se deve também à pouca quantidade de Estados e duplas inscritos na disputa. Mas é preciso ver o que está sendo feito neste setor, objetivando a estabelecer o mesmo padrão técnico no kata em todo o País.”
O coordenador de kata paulista fez ainda uma observação importantíssima, no tocante à qualidade do trabalho na arbitragem, que segundo ele é fator decisivo na obtenção de bons resultados nos tatamis.
“Acho importante ressaltar que o resultado final e a classificação geral traduziram muito bem o que foi a competição e comprovam a importância do trabalho realizado em São Paulo na capacitação de juízes de kata. Hoje a Federação Paulista de Judô trata o kata com extremo profissionalismo e até realiza disputas individuais, seguindo os moldes do que é feito pela Federação Internacional de Judô (FIJ). Estamos dando à arbitragem do kata a mesma importância que oferecemos ao ensino e a prática do kata, sob o ponto de vista técnico. Uma coisa está diretamente ligada à outra. Conhecer e aplicar as regras é parte do aprendizado de toda e qualquer modalidade esportiva, principalmente nos esportes de combate, com ênfase ainda maior na execução dos katas. Na FPJudô nós já entendemos a importância de capacitar adequadamente os juízes e os resultados estão aparecendo”, concluiu Luís Alberto dos Santos.
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