COB tira lições positivas de um ano inesperado e chega a 2021 otimista para uma corrida olímpica incomum

Marco La Porta, vice-presidente do COB © Budopress

Em ano desafiador, o Comitê Olímpico do Brasil desenvolveu uma série de ações de planejamento e gestão para apoiar o desenvolvimento técnico dos atletas no cenário de pandemia

Gestão Esportiva
4 de janeiro de 2021
Fonte COB
Curitiba – PR

O inédito adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio trouxe inúmeros desafios e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) teve de alterar seu planejamento esportivo de forma rápida para minimizar os prejuízos decorrentes dessa decisão. Desde 23 de março de 2020, quando o mundo olímpico parou, o COB começou a trabalhar para reduzir os danos na preparação dos atletas e recolocá-los em atividade o quanto antes. A Missão Europa, entre outras ações em parceria com as confederações, recolou o Time Brasil em atividade novamente e trouxe boas perspectivas para os Jogos Olímpicos daqui a sete meses.

Rogério Sampaio, diretor geral do COB © Budopress

“Conseguimos superar um período de grandes dificuldades para entender como esse processo poderia impactar a performance dos atletas brasileiros. COB, confederações e clubes conseguiram prover boas condições de treinamento aos atletas. Acredito que chegamos a um cenário equilibrado, numa condição melhor do que esperávamos em março e abril”, avaliou o diretor geral do COB, Rogério Sampaio, medalhista de ouro no judô em Barcelona 1992.

Para o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara, os próximos meses serão cruciais para um bom desempenho em Tóquio. “Temos potencial para nos apresentarmos bem. Estamos num período extremamente importante da preparação, que definirá nossa possibilidade de bons resultados nos Jogos Olímpicos. Todo nosso esforço está concentrado para que possamos chegar em Tóquio na nossa melhor condição. Estou confiante de que o Brasil vai estar bem preparado. Esse é o nosso compromisso”, enfatizou Bichara.

Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB © Divulgação COB

O COB mantém a projeção de levar entre 250 e 300 atletas para Tóquio. Atualmente, o Time Brasil tem 180 vagas garantidas em 20 modalidades. “O nosso foco neste momento é buscar a melhor preparação para os atletas brasileiros. Temos de correr atrás e superar as deficiências e dificuldades que tivermos pelo caminho e atingirmos nossa melhor condição”, avalia Bichara.

Principal projeto de retomada dos treinamentos do Time Brasil em 2020, a Missão Europa também foi importante para o COB testar protocolos. “Foi uma ação planejada com dois objetivos claros: possibilitar o retorno das atividades esportivas para as modalidades com mais dificuldades no País e a consequente volta às competições; ambos foram cumpridos. Os atletas e treinadores que lá estiveram nos deram uma sinalização de aceitação e validação de ações muito significativas, o que nos dá a certeza de que foi um grande acerto”, observou Marco La Porta, vice-presidente do COB e chefe da Missão Brasileira em Tóquio.