CREF4/SP e FPJudô definem conteúdo do projeto Keisei no Michi (Caminhos da Formação)

Dirigentes e professores que participaram do encontro © Isabela Lemos / CREF4/SP

Iniciativa visa à formação de técnicos e professores de judô, estimulando a preparação dos futuros faixas-pretas para a carreira profissional na Educação Física e demais esportes

Por Paulo Pinto / FPJCOM
20 de junho de 2022 / São Paulo (SP)

Em reunião realizada nesta sexta-feira (17) a Comissão Especial de Lutas do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (CREF4/SP) e a Comissão Científica da Federação Paulista de Judô (FPJudô) definiram a proposta pedagógica do projeto Keisei no Michi (Caminhos da Formação) – O Judô Transformando Vidas.

O projeto inédito desenvolvido pelo CREF4/SP e pela FPJudô procura mesclar o conhecimento transmitido pelo shihan Jigoro Kano (1860/1938), criador do judô Kodokan, com modernos conceitos acadêmicos educacionais.

O aspecto considerado mais importante da proposta apresentada pelas duas entidades é a atribuição à FPJudô e ao CREF4/SP da responsabilidade de formar novos profissionais professores de judô, suprindo uma grande carência do mercado.

Nelson Leme da Silva Junior presidente do CREF4 e Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJudô © Isabela Lemos / CREF4/SP

Nessa iniciativa estão implícitas as mais relevantes funções das entidades de administração esportiva: o fomento e a difusão da modalidade. Atualmente o judô integra o currículo escolar de vários dos 645 municípios paulistas e acredita-se que em breve a maioria deles seguirá o exemplo.

Participaram do encontro os professores Nelson Leme da Silva Junior (CREF 000200-G/SP), presidente do CREF4/SP; Alessandro Panitz Puglia (CREF 0008722-G/SP) presidente da FPJudô; Tadeu Corrêa (CREF 001086-G/SP), assessor da diretoria do CREF4/SP; Arnaldo Luiz de Queiroz Pereira, secretário-geral da FPJudô; Cleber do Carmo (CREF 006944-G/SP), profissional delegado e delegado regional da 12ª DR Mogiana da FPJudô; Wagner Oliveira do Espírito Santo (CREF 001933-G/SP), conselheiro do CREF4/SP; Sérgio Barrocas Lex (CREF 010806-G/SP), vice-presidente da FPJudô; Almir Mendes da Silva (CREF 002657-G/SP), conselheiro do CREF4; Fernando Ikeda Tagusari (CREF 121172-G/SP), coordenador executivo da FPJudô; Alexsander José Guedes (CREF 027992-G/SP), profissional delegado; Anderson Dias de Lima (CREF 008597-G/SP), profissional delegado; Luís Alberto dos Santos (CREF 013.429-P/SP), coordenador de cursos da FPJudô; Reinaldo Naia Cavazani (CREF 015680-G/SP), profissional delegado; e Jaime Roberto Bragança (CREF 001492-G/SP), judô Paralímpico.

Reunião realizada nesta sexta-feira na sede do Conselho Regional de Educação Física paulista © Isabela Lemos / CREF4/SP

Resumo do projeto

O projeto Keisei no Michi (Caminhos da Formação) – O Judô Transformando Vidas visa à preparação profissional para formação de técnicos e professores de judô, estimulando a preparação dos futuros faixas-pretas para a carreira profissional em Educação Física e demais esportes, enfatizando o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um. Dessa forma, proporcionará melhor visão de mercado da carreira profissional e abrirá oportunidades de emprego na área específica.

O projeto é o fruto do trabalho de duas comissões da Federação Paulista de Judô, a Científica e a Escolar, compondo-se de um curso introdutório (Base Comum) e quatro eixos que representam as quatro grandes manifestações do judô. A Base Comum visa a oferecer aos participantes subsídios teóricos sobre os temas que serão abordados com maior ênfase e profundidade nos eixos temáticos, que são:

  • Técnico – voltado ao judô esportivo de alto rendimento;
  • Escolar – voltado ao judô em ambiente escolar;
  • Inclusivo – voltado ao judô para pessoas com necessidades específicas;
  • Saúde – voltado ao judô para a manutenção da saúde.

Almir Mendes da Silva, conselheiro do CREF4/SP © Isabela Lemos / CREF4/SP

Pontos que precisam ser ressaltados

  • Base Comum é pré-requisito obrigatório para cursar o eixo temático.
  • O curso irá da generalidade para a especificidade, ou seja, uma vez cumprida a Base Comum, o participante se matriculará num dos eixos temáticos, recebendo uma visão mais profunda sobre o tema.
  • Cada eixo temático compõe-se de quatro módulos, cada um deles oferecido semestralmente pela FPJudô.
  • Ao completar a Base Comum, o participante receberá a classificação de instrutor de judô, que o qualificará para tornar-se auxiliar, sob a supervisão de técnico ou professor responsável.
  • A Base Comum terá nível de ensino médio, adequado quanto à linguagem e ao conhecimento dos alunos.
  • Houve um cuidado particular em manter a tradição no projeto, no qual dois pontos se destacam:
    1. O nome Keisei no Michi, que foi traduzido pelos professores Akio Shiba e Hatiro Ogawa, em japonês é escrito 形成 の道. Destacam-se dois kanjis que são familiares aos judocas: um é o mesmo utilizado no kata e o outro é o mesmo contido em judô, que significa caminho. Segundo o professor Hatiro, o kata faz parte da cultura japonesa, estando além da maneira como é compreendido pelo praticante de judô em formas pré-definidas (nage-no-kata, por exemplo). O kata na cultura japonesa é mais amplo e dita a forma como as ações devem ser realizadas.
    2. A inclusão do módulo kiso kihon, que tratará das bases fundamentais do judô. O judô foi desenvolvido sob grande influência da cultura japonesa e algumas práticas podem não fazer sentido para os ocidentais, por não conhecerem aquela cultura. A perda de significado desses elementos, a longo prazo, tende a descaracterizar e/ou mecanizar os movimentos, tornando incompreensível a presença deles no judô.

Público alvo: faixas-marrons e interessados, com mais de 15 anos (ensino médio incompleto).

A base comum é composta por:

A FPJudô disponibilizará a Base Comum no segundo semestre de 2022.

Avaliações do encontro

Para Nelson Leme, presidente do CREF4/SP, a iniciativa visa a desenvolver o judô profissionalmente e criar processos que estimulem os Profissionais de Educação Física a trabalharem com o judô.

“Esta foi a primeira reunião presencial mista reunindo a Comissão Científica da FPJudô e a Comissão Especial de Lutas do CREF4/SP. Ambas estão definindo a formação da parceria, pois existia um anseio para que realizássemos este trabalho para desenvolver ainda mais o judô profissionalmente e que criássemos o ambiente adequado para que os Profissionais de Educação Física pudessem trabalhar com o judô.”

O dirigente explicou que na primeira parte do encontro foi apresentada a proposta pedagógica, integralmente aprovada, enquanto na segunda se definiu como o processo será realizado na prática.

Fernando Ikeda Tagusari, coordenador executivo da FPJudô © Isabela Lemos / CREF4/SP

“A iniciativa das comissões instituídas pela gestão do professor Puglia certamente renderá muitos frutos aos professores de judô e aos Profissionais de Educação Física”, disse o dirigente.

Para Nelson Leme o ponto alto da parceria são o equilíbrio e a reciprocidade. “Não há vaidades neste projeto. Estamos desenvolvendo um trabalho conjunto para que o processo se dê de forma equânime, objetivando que ambas as categorias sejam contempladas.”

Marco histórico

Alessandro Puglia acredita que no segundo semestre o CREF4/SP e a FPJudô darão início ao novo ciclo para ambas as entidades.

“Neste encontro pudemos estabelecer a sinergia entre a Comissão Cientifica da federação e a Comissão de Lutas do conselho. Entendo que o presidente Nelson Leme consolidou a parceria cujas ações começam já neste segundo semestre. Nosso projeto foi 100% aprovado pela Comissão de Lutas do CREF4/SP, e em minha avaliação esse foi o ponto alto da reunião. A próxima fase agora é realizar pequenos ajustes e pôr tudo em prática. Tenho certeza de que todos agentes envolvidos nesta iniciativa inédita estão ansiosos para que o projeto comece a andar”, disse Puglia.

Outro fato considerado importante pelo dirigente da FPJudô foi a iniciativa do professor Nelson Leme de produzir um livro relatando a história contemporânea do judô, ou seja, a partir dos anos 1990. Ele já incumbiu os professores Alexandre Drigo e Fernando Ikeda de produzirem o conteúdo editorial.

“Além de ficar surpreso com a ideia do professor Nelson, eu achei muito interessante fazer um registro mais recente do nosso cenário. Entendo que a obra irá culminar exatamente no momento atual do judô bandeirante, passando antes, porém, pela trajetória de grandes gestores”, disse Puglia, citando exemplo os professores Matheus Sugizaki e Hatiro Ogawa. “o sensei Sugizaki foi a mente brilhante que há mais de três décadas criou e implantou sistemas e normas administrativas e técnicas que até hoje são utilizadas pelo judô de São Paulo e dos demais Estados. Um pouco antes, Ogawa iniciara um ciclo mais plural e democrático ao assumir a presidência da federação. Então, teremos a oportunidade de mostrar a partir de lá, até meados de maio deste ano, toda a transformação e o pioneirismo que permitiram que chegássemos agora a realizar o primeiro curso de padronização do ensino do judô para profissionais dos tatamis e futuros Profissionais de Educação Física.”

Com respaldo da diretoria e do plenário do CREF4/SP, Nelson Leme está ampliando o campo de atuação do Conselho Regional de Educação Física © Isabela Lemos / CREF4/SP

Puglia manifestou sua satisfação por esta realização da Federação Paulista de Judô, em parceria e com a chancela, o respaldo e a credibilidade do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo. “Juntas, ambas as entidades estabelecem um marco histórico para o judô e para a Educação Física do Brasil. Tenho plena convicção de que ambas alcançarão excelentes resultados.”

Características socioeducativas

Para Arnaldo Luiz de Queiroz Pereira, secretário-geral da FPJudô a reunião foi externamente positiva e produtiva, já que na prática o projeto teve grande aceitação. “Foram colocadas sugestões que incrementam o trabalho e valorizam as comissões Científica da FPJudô e de Lutas do CREF4/SP. Ambas as instituições demonstram maturidade ao desenvolver um projeto a quatro mãos, que é necessário para a evolução do judô e da Educação Física.”

Pilares da FPJudô, Luís Alberto dos Santos, coordenador de Cursos e Cleber do Carmo um dos delegados regionais mais proativos da entidade © Isabela Lemos / CREF4/SP

O dirigente espera que o projeto sirva de paradigma para outras modalidades de luta e demais federações esportivas. “O desenvolvimento da área de formação de futuros instrutores de judô e possivelmente novos profissionais de Educação Física combina com as características socioeducativas do judô transmitidas por Jigoro Kano. Isto traz de volta a essência da modalidade que é eminentemente educativa, sem prejuízo, é claro, do sucesso na área de competição, desde as categorias menores até o olimpismo.”

Grande potencial na parceria

Fernando Ikeda comemorou a receptividade dos membros do Conselho Regional de Educação Física. “Apresentamos nosso projeto em duas oportunidades, primeiro para a diretoria e os conselheiros e depois para a Comissão Especial de Lutas. O retorno foi positivo e mais laços se estreitaram. O módulo de gestão da Base Comum será inteiramente ministrado por palestrantes indicados pelo CREF4/SP e com apoio da ACAD Brasil.”

Ikeda mencionou o pronunciamento do professor Anderson Anderson Dias de Lima, ex-delegado regional da FPJudô e atual membro da Comissão Especial de Lutas do CREF4/SP, abordando a trajetória da FPJudô, desde as mudanças administrativas promovidas pelo ex-presidente Hatiro Ogawa, passando pela administração do professor Chico e culminando na gestão de Alessandro Puglia. “Ele mostrou que o projeto é a realização dos esforços de professores de várias gerações, agora atualizado, sintetizado e aprimorado pelas comissões, que foram sensíveis às necessidades atuais da comunidade do judô”, disse.

A proposta pedagógica do projeto inédito desenvolvido pelo CREF4/SP e a FPJudô é a fusão daquilo que mescla o conhecimento transmitido por Jigoro Kano, com modernos conceitos acadêmicos © Isabela Lemos / CREF4/SP

O coordenador executivo da FPJudô ainda lamentou muito o lapso temporal entre gerações, o que não lhe permitiu ter um convívio próximo com o professor Mateus Sugizaki. “Ouvi muitas histórias a respeito dele. O saudoso doutor Júlio Yokoyama muito falava dele, e agora ouvi os professores Anderson Dias e Alexandre Drigo dissertarem sobre sua trajetória pedagógica vanguardista”, acrescentou Ikeda, que finalizou com uma visão otimista.

“Cada vez que falo sobre o projeto vejo que ele ganha força e vigor, e tudo isso converge para o engrandecimento do judô paulista. Quanto aos futuros desdobramentos, vislumbro grandes potencialidades nesta parceria.”

Visão futurística

Assessor da diretoria do CREF4/SP e membro da Comissão Especial de Lutas, Tadeu Corrêa destacou a visão futurística da diretoria da Federação Paulista de Judô.

Tadeu Corrêa, assessor da diretoria do CREF4/SP © Isabela Lemos / CREF4/SP

“Esta ação é extremamente importante. Primeiro por termos no judô uma modalidade de disciplina imensurável. A formação que o judô oferece aos praticantes é gigantesca. O próprio significado – o caminho suave – dá a condição de trabalharmos em conjunto.”

Corrêa enfatizou que a visão dos mestres que farão parte da comissão e dos conselheiros é dotar os técnicos e os instrutores de judô do futuro do conhecimento pedagógico mínimo necessário exercerem a função. “Quando partirmos para uma formação mais elevada, a própria FPJudô vai sentir necessidade de que o instrutor seja Profissional de Educação Física.”

Otimização da prestação de serviços

O presidente da Comissão Científica da FPJudô, doutor Alexandre Janotta Drigo, que não esteve presente, disse que o encontro superou todas as expectativas dos gestores de ambas as entidades.

“Ao pensar na formação profissional para o judô, o Projeto Keisei no Michi consolida o protagonismo da FPJudô em relação a qualificação para o ensino da modalidade. Como entendemos que o judô transforma vidas e que devemos contribuir com esta premissa, a presidência, a secretaria-geral e a Comissão Científica da federação construíram uma sólida parceria com o CREF4/SP, que dará sua chancela como órgão de regulação profissional. Neste sentido, a Comissão de Lutas proporciona um diálogo direto com as instâncias da FPJudô envolvidas no processo. Além disso, foram agregados professores para os cursos que envolvem os módulos de legislação e gestão.”

Reinaldo Naia Cavazani, profissional delegado do CREF4/SP © Isabela Lemos / CREF4/SP

O coordenador da Comissão Científica da FPJudô prevê que a parceria contribuirá imensamente para o desenvolvimento da modalidade, por meio da formação de jovens judocas e de veteranos que tenham interesse em ampliar seu horizonte profissional, o que resultará na otimização da prestação de serviços relacionados ao judô.

Abrindo o mercado

Profissional delegado, membro da Comissão Especial de Lutas do CREF4/SP e delegado regional da 12ª DR Mogiana da FPJudô, Cleber do Carmo prevê que o projeto abrirá mercado para jovens instrutores.

“Estamos dando um grande passo tanto para a FPJudô quanto para o CREF4/SP. Esse novo modelo de capacitação será um divisor de águas, principalmente para os jovens, que vão qualificar-se para trabalhar como instrutores de judô.”

O delegado da 12ª DR Mogiana destacou que o esforço dos dirigentes da FPJudô e do CREF4/SP trará maior ganho para a comunidade. “As crianças terão professores mais capacitados e os jovens praticantes poderão vislumbrar um caminho profissionalizante. E tudo isso certamente elevará ainda mais o judô e a Educação Física.”

Pensando na colheita

Coordenador de cursos da FPJudô e presidente da Comissão Especial de Lutas do CREF4/SP, Luís Alberto dos Santos valoriza o ineditismo e os propósitos do trabalho apresentado.

“Esta parceria é importante por ser inédita e principalmente por ter o propósito de capacitação do profissional para melhorar a qualidade do serviço oferecido a todos aqueles que buscam trilhar o caminho do judô”, disse.

Alexsander José Guedes, profissional delegado do CREF4/SP © Isabela Lemos / CREF4/SP

Para Luís Alberto, o tempo do empirismo acabou. “A capacitação é sem dúvida alguma o melhor caminho para que a gente consiga oferecer resultados e também colher os frutos de um trabalho mais profissional e mais adequado.”

Projeto pioneiro

Anderson Dias de Lima, ex-delegado regional da FPJudô e integrante da Comissão Especial de Lutas do CREF4/SP, lembrou que o projeto foi precedido pelo trabalho pioneiro do ex-vice-presidente da FPJudô, professor kodansha Matheus Sugizaki

“A proposta da administração do presidente Puglia e seus colaboradores complementa um trabalho iniciado e coordenado na década de 1990 pelo saudoso professor Matheus Sugizaki e, modéstia parte, com a minha participação como seu auxiliar direto. Foi um processo realizado ao longo de vários anos, incluindo a readequação do critério de concessão da faixa preta.”

Anderson Dias de Lima, profissional delegado do CREF4/SP © Isabela Lemos / CREF4/SP

Lima contou que na época foi criado um programa de cursos e aperfeiçoamento para complementar o aspecto técnico da prática do judô nas escolas e academias. Esse trabalho foi implementado com sucesso e é praticado até hoje.

“A ideia daquela época já era chegar a um curso específico para formação de professores de judô. As escolas e academias apresentam o judô como modalidade esportiva, mencionando os aspectos éticos e filosóficos, mas não formam professores para atuarem no ensino do judô. As federações também não o faziam, atendo-se a organizar os eventos competitivos. Tudo vai mudar com essa iniciativa pioneira no Brasil, talvez no mundo. É um desafio grande que, se der certo, proporcionará um avanço muito grande na formação dos nossos professores e dos nossos técnicos. O Puglia e o Nelson estão de parabéns.”

O professor kodansha Anderson Dias também comentou a reunião. “Percebo que o pessoal está determinado e com muita boa vontade; o desafio é muito grande, há muito trabalho pela frente, mas nós estamos aqui para trabalhar. Vai dar certo. São Paulo mais uma vez sai à frente na questão da formação do professor de judô. Estou esperançoso e vou contribuir na medida do possível, até com a experiência adquirida durante toda a década de 1990.”

Wagner Oliveira do Espírito Santo, conselheiro do CREF4/SP © Isabela Lemos / CREF4/SP

Grande transformação

Profissional delegado e membro da Comissão Especial de Lutas do CREF4/SP, Reinaldo Naia Cavazani prevê uma grande transformação no esporte brasileiro.

“Entendo que esta é uma ação inédita e de vanguarda capitaneada por dois grandes líderes, os professores Nelson e Alessandro, que estão resgatando algo que já existiu há muito tempo e ficou pelo caminho: a elaboração do projeto pedagógico idealizado pelos professores Sugizaki e Anderson, do qual pude participar na época.”

Jaime Roberto Bragança, coordenador Técnico da Seleção Brasileira Paralímpica de Judô pelo Comitê Paralímpico Brasileiro © Isabela Lemos / CREF4/SP

Naia acredita que o novo projeto permite dar um salto gigantesco na formação profissional e pedagógica dos futuros professores de judô por meio da FPJudô, do CREF4/SP e, quem sabe, de alguma instituição de ensino superior. “Vamos mais uma vez sair na frente e mostrar um novo caminho para todo o País, pois as demais federações terão de estabelecer parcerias com os CREFs para adotar um sistema semelhante.”

“O que vemos claramente hoje é que não se pode mais ser um profissional de judô sem buscar conhecimento. Não basta saber fazer. Além de dominar a parte técnica e os movimentos, o mentor terá de adquirir embasamento científico. Isso vale para todas as modalidades esportivas e propiciará grande transformação ao esporte brasileiro.”