FPJudô retoma treinamento da base no CAT, com maior número de classes

Os treinos do CAT melhoram a cada semana e prometem formar uma geração diferenciada de atletas © Arquivo

Federação Paulista de Judô reinicia os treinos contínuos das categorias menores e inclui as classes juvenil e júnior

Por Paulo Pinto / FPJudô
28 de abril de 2022 / Curitiba (PR)

O mês de abril foi marcado pela retomada dos treinamentos no Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT) da Federação Paulista de Judô (FPJudô) para judocas da base das classes infanto-juvenil, pré-juvenil, juvenil e júnior.

Judocas sub 13 e sub 15 no dojô do CAT © Arquivo

Comandados por grandes nomes da área técnica paulista, os treinos realizam-se às terças-feiras das 19h30 às 21 horas. Um dos nomes da coordenação desse projeto é a professora kodansha shichi-dan (7º dan) Solange Pessoa de Almeida Vinck, vice-presidente da FPJudô, que tem atuado com presença marcante na área técnica, demonstrando protagonismo e comprometimento.

Atentos, os jovens judocas aprendem com sensei Guedes © Arquivo

Segundo a dirigente, quando se pensou neste projeto houve a preocupação de eleger técnicos capacitados, com o conhecimento necessário e comprometimento com a evolução técnica da modalidade.

Treino do infanto-juvenil e pré-juvenil contou com a presença de importantes professores como Hatiro Ogawa, Luís Kimura, Alex Russo, Ademir Garcia, Alexsander Guedes, Marcelo Nery, Renata Muriel, Ricardo Régis e Wellington Nishya © Arquivo

“Com base nesses quesitos, convidamos os professores Oswaldo Hatiro Ogawa, Luiz Yoshio Onmura e Alexsander José Guedes, responsáveis pelas classes sub 13 e sub 15. Já os senseis Douglas Eduardo de Brito Vieira e Thiago Valadão Fernandes comandam as classes sub18 e sub 21, enquanto o professor Sérgio Barrocas Lex divide comigo a coordenação-geral,” explicou Solange Pessoa. “Nosso objetivo é promover uma integração entre os atletas das associações, academias e clubes filiados, para passar a experiência de cada professor e falar sobre a filosofia e os fundamentos do judô.

Treinos como os do CAT oportunizam a importante transmissão de conhecimento que vem sendo feita no Brasil desde 1903 © Arquivo

“Convidamos todos os professores para acompanharem o treino dos seus alunos em nosso dojô e com isso buscamos proporcionar mais harmonia e ampliar a competitividade. Entendemos que, em conjunto com os professores, vamos fortalecer o judô de São Paulo, pois todos buscam o mesmo objetivo, que é a evolução do seu aluno.”

A dirigente detalhou que os atletas vão ao CAT para conhecer o dojô da federação, local consagrado no qual treinaram os maiores judocas do Brasil e vários atletas de renome antes de serem campeões paulistas, brasileiros, mundiais e olímpicos. “Além de todo o aspecto histórico, estando no dojô Mário Matsuda, subliminarmente eles têm a vivência e o aprendizado tão importantes com os outros professores e técnicos.”

Treinamento da base comandado pelos senseis Douglas Vieira, Thiago Valadão, Marcelo Neves, Horácio Pissarra e Fábio Dilermano © Arquivo

Os treinos da classe sub 13 e sub 15 começaram no fim do ano passado e agora, no dia 29 de março, foram retomados os treinos dessas categorias e incorporados os treinamentos das classes juvenil e júnior.

Atentos, judocas sub 13 e sub 15 conhecem novos fundamentos © Arquivo

“Estamos no início de um trabalho em conjunto e pretendemos colher muitos frutos mais adiante. Estimamos que em um ou dois anos teremos equipes fortíssimas nessas classes. Temos de lembrar que viemos de uma pandemia que motivou quase dois anos sem treino ou apenas treinos online, o que é bem diferente. Temos de considerar, também, que esses judocas pularam uma categoria. Eles não tiveram a vivência necessária em pelo menos uma classe e, do nada, estão numa categoria acima, e isso faz uma enorme diferença.”

Senseis Ogawa e Guedes mostram detalhes do kumi-kata © Arquivo

Solange Pessoa adiantou que no segundo semestre a coordenação técnica vai implementar os treinamentos das classes mirim (sub 9) e infantil (sub 11), e esse trabalho com crianças tem de ser muito mais delicado e gradativo.

Sensei Alexsander Guedes mostra detalhes ao judoca sub 13 © Arquivo

“Esta é uma classe bastante sensível e não se pode ter pressa para passar conteúdos básicos e lúdicos. Estes conceitos devem ser muito bem assimilados por eles. Fomos convocados pela presidência para desenvolver a área técnica de forma organizada e consciente, estejam certos, por tanto, que iremos planejar e desenvolver o judô do Estado de São Paulo da melhor forma possível.”

A coordenação técnica da FPJudô promete oferecer treinamento para as classes sub 9 e sub 11 no segundo semestre © Arquivo

Segundo a dirigente, a proposta é repetir no interior o mesmo treinamento da capital. “Levaremos este trabalho para as delegacias regionais e realizaremos treinos nos fins de semana, abertos para todos os nossos filiados.” Disse a vice-presidente, que ainda mencionou a origem do judô paulista.

“Nós jamais podemos esquecer da nossa origem e que as nossas raízes foram fincadas no século passado aqui no Brasil por senseis de origem japonesa. Nosso judô pode e deve rumar sempre no sentido da busca constante pelo ippon, e não lutar com o livro de regras da FIJ debaixo do braço. Temos de reverenciar e homenagear os ensinamentos que recebemos dos nossos senseis e perpetuar tudo que aprendemos e adquirimos com professores que cruzaram oceanos para plantar a semente do judô em nosso País”, finalizou.

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