Imagem de Teddy Riner é pichada em Paris e Federação Internacional de Judô repudia ato de racismo

Teddy Riner, e peso pesado decacampeão mundial e bicampeão olímpico

O judô é mais que um esporte. É um estilo de vida baseado em valores como respeito, educação, honra, modéstia, coragem, autocontrole, sinceridade e amizade

Cotidiano
30 de junho de 2020
Fonte IJF MEDIA
Fotos LARS MOELLER, GABRIELA SABAU e EMANUELE DI FELICIANTONIO
Curitiba – PR

Durante o fim de semana, foram descobertas inscrições racistas em três fotos de atletas franceses fixadas em painéis colocados ao redor do Instituto Nacional de Esporte, Exercício e Performance (Insep), em Paris. Um lugar muito especial, que frequentemente recebe os melhores esportistas e as principais equipes olímpicas francesas.

O israelense Shmailov e o mongol Yondonperenlei cumprimentam-se após a disputa do bronze do peso meio-leve no Grand Slam de Paris 2020

A direção do estabelecimento público, que imediatamente percebeu o ataque, condenou estes atos com veemência e rigidez, e registrará queixa na polícia. Entre as fotos vandalizadas, destaca-se a do peso pesado francês Teddy Riner, decacampeão mundial de judô e bicampeão olímpico, além do corredor Dimitri Bascou, especialista nos 110m com barreiras, e do tenista em cadeira de rodas Michael Jérémiasz.

Em face do ocorrido no fim de semana em Paris, a Federação Internacional de Judô (FIJ) e toda a família do judô se levantaram para condenar e repudiar os atos covardes, vis e em total oposição a valores preconizados pelo código moral do judô, como o jita-kyoei, por exemplo, que prega a amizade, a prosperidade mútua e o bem-estar comum.

O cubano Silva Morales comemora a conquista do bronze no peso médio do Grand Slam de Paris 2020

Nenhuma forma de racismo tem lugar no esporte ou na sociedade civilizada. Isso vai contra todos os valores humanitários que promovemos, a fim de permitir o desenvolvimento de um mundo melhor e mais justo. É essencial combater o racismo e lutar por estes valores.

É preocupante ver que em pleno ano 2020, quando o mundo precisa de unidade e apoio mútuo mais do que nunca, principalmente durante este período difícil que todos nós enfrentamos, existam ainda pessoas que, fundamentadas em crenças discriminatórias, façam ataques desse tipo. Iniciativas como estas servem apenas para fomentar o ódio e dividir as pessoas.

O mongol Tsend Ochir vibra com a medalha de bronze conquistada no Grand Slam de Paris 2020 no peso leve

A FIJ enfatiza que apoia atletas do mundo todo, de todas as raças e crenças e de todas as modalidades esportivas. “Continuaremos usando toda a nossa força e conhecimento para combater todas as formas de racismo e de discriminação”, disse o porta-voz da entidade.

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