Jovens judocas ganham sete medalhas para o Brasil em torneio na Finlândia

Atletas e comissão técnica do Brasil na Finlândia © CBDV

País conquista três medalhas de ouro, uma de prata e três bronzes e mostra mais uma vez força da seleção de base em competições internacionais.

Por Renan Cacioli / CBDV
5 de julho de 2023 / Curitiba (PR)

A Seleção Brasileira de judô paralímpico mostrou nesta segunda-feira (3) mais uma vez sua força nas categorias de base. Com um grupo formado por oito atletas cuja média de idade é de 18 anos, o país conquistou sete medalhas, sendo três ouros, uma prata e três bronzes, no Small Country Challenge, um torneio internacional disputado em Lahti, na Finlândia.

As três medalhas de ouro vieram com as meninas: Hellen Machado (categoria J2 até 57kg), Kelly Barros (J2 acima de 70kg) e Millena Freitas (J1 acima de 70kg). Na categoria J1 até 48kg, Victória Batista ainda faturou a prata.

“Fiz quatro lutas e ganhei as quatro de ippon. Foi minha primeira competição internacional, achei que ficaria muito nervosa e não fiquei nem um pouco. Tenho 18 anos e acabo sempre lutando contra adversárias mais velhas. Foi muito bom”, comemorou Millena Freitas.

Gabriel Rodrigues segura o troféu de judoca revelação da competição © CBDV

Já os rapazes foram os responsáveis pelos bronzes brasileiros no torneio: Danilo Silva (categoria J1 até 73kg), Gabriel Rodrigues (J1 até 60kg) e João Victor Santana (J1 até 60kg). O único que não medalhou foi Emerson Aguiar (J1 até 73kg).

“Estou muito feliz pela conquista. Acho que, pela minha idade, já ser o terceiro lugar em uma competição de nível mundial com 19 países e eleito o atleta revelação, é muito importante”, destacou Gabriel, de 15 anos, o mais jovem da delegação brasileira.

“O Brasil volta com sete medalhas. Todos com pouca experiência internacional e foram competitivos. Fizemos lutas duras e temos certeza de que eles aproveitarão bastante os treinamentos”, disse o técnico Tibério Maribondo, citando o treinamento de campo que será realizado no local da competição nos próximos dias.

Os professores Tibério Maribondo e Antônio Júnior com os judocas Gabriel Rodrigues e João Victor Santana © CBDV

“Comprova que o investimento feito na base está se justificando. A gente agradece à CBDV pela estrutura e percebe que o Brasil está a frente dos outros países em cuidar das categorias de base. Como o evento é destinado a atletas não ranqueados ou com poucos pontos no ranking, alguns países trouxeram atletas que já disputaram até Paralimpiada ou Mundial, mas que não vêm tendo sucesso nas competições. Já dos nossos, quatro estão estreando em competição internacional”, frisou Tibério.

Recentemente, parte deste grupo que foi à Finlândia esteve na Colômbia e ajudou o Brasil com cinco medalhas de ouro no Parapan de Jovens, disputado em Bogotá.

Seleção brasiliera com todas medalhas conquistadas na Finlândia © CBDV

A equipe brasileira foi a Finlândia com uma comissão técnica formada por seis profissionais: Alessandro Tosim (coordenador das seleções de base), Tibério Maribondo (técnico), Mônica Feitas (fisioterapeuta), Priscilla Cirilio (médica), Ana Cláudia Gomes de Souza (técnica convidada) e o professor Antônio Júnior.

O judô é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história dos Jogos Paralímpicos: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes. A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do judô paralímpico brasileiro.

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