Campeã olímpica, Rafaela Silva tem vaga para Paris 2024 ameaçada

Rafaela Silva exibe o ouro conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 © Wander Roberto/COB

Atleta da Sogipa, Jéssica Lima faz boas campanhas e ocupa 10ª colocação no ranking olímpico.

Por Hugo Lobão / CNN esportes
3 de abril de 2024 / Curitiba (PR)

A primeira edição do Panorama Olímpico da CNN aborda a situação peculiar envolvendo duas brasileiras que ainda sonham com uma vaga no maior evento esportivo do mundo.

Medalhista de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro e bicampeã mundial, Rafaela Silva ainda não está garantida em Paris 2024. A disputa interna com Jéssica Lima pela vaga brasileira para a categoria até 57kg se acirrou nos últimos meses.

A primeira edição do Panorama Olímpico aborda essa situação envolvendo duas brasileiras que ainda sonham com uma vaga no maior evento esportivo do mundo.

Neste momento, Rafaela Silva é a nona colocada no ranking olímpico da categoria até 57 kg. Após o vice-campeonato no Grand Slam de Antalya, na Turquia, Jéssica Lima pulou para a décima colocação. A diferença entre as duas é de apenas 207 pontos neste momento.

Escolha da confederação

Cada país só pode levar um atleta por categoria para os Jogos Olímpicos. No caso de dois atletas dentro da zona de classificação, a escolha cabe às confederações locais.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tende a privilegiar atletas que estejam em posição para entrar em Paris 2024 como cabeça de chave. É o caso de Rafaela Silva neste momento, já que uma das canadenses do top 8 não poderá competir.

O que pesa a favor de Jéssica Lima é o bom momento. A atleta da Sogipa foi medalhista de prata nos Grand Slams de Antalya e Tóquio. Rafaela Silva foi bronze em Tbilisi, quando foi derrotada pela própria Jéssica Lima nas fases iniciais.

Futuro

A não ser que uma das atletas tenha queda ou crescimento acentuado nos próximos meses, a CBJ terá uma importante decisão a tomar. Em situação parecida, a entidade levou Maria Suelen Altheman em detrimento de Beatriz Souza para Tóquio. O currículo mais recheado e a experiência pesaram na última decisão.

Até os Jogos Olímpicos de Paris, as atletas ainda vão disputar o Mundial de Judô nos Emirados Árabes Unidos. Ainda haverá outras etapas de Grand Slam. Títulos ou boas campanhas podem ser determinantes.

A escolha da CBJ tem que ser oficializada até junho, quando os atletas serão inscritos nos Jogos Olímpicos de Paris. O judô será disputado na Arena Campo de Marte, próximo à Torre Eiffel.

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